Nova FM no agreste potiguar com 10 kW
- Ricardo Gurgel
- há 2 dias
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Atualizado: há 2 horas
Trata-se de uma outorga com permissão para operar com transmissor de 10 kW, combinada a uma boa altitude de terreno em uma região capaz de cobrir dezenas de cidades com centenas de milhares de residentes. A sede da emissora está prevista para Santo Antônio/RN, inicialmente com cota base 89 metros de altitude. No entanto, existe a possibilidade de relocação para outro ponto ainda dentro da zona urbana do município, com altitude de 103 metros que se soma aos 33,7 metros de torre de projeto, ou seja, um centro irradiante por volta dos 130 metros acima do nível médio do mar, qualquer ganho de altitude representa uma melhora sensível na cobertura.
Abaixo os anéis de distância da torre aos centros urbanos, raios de 30 km (verde) e 50 km (amarelo)

Simulação de irradiação do sinal com 10 kW nas condições de torre de projeto

A emissora ainda não entrou no ar, mas a outorga foi autorizada.
Na Anatel, consta atualmente permissão para operação com transmissor de 10 kW na frequência 96,3 MHz. Nessa potência e situação geográfica é possível uma cobertura mais eficiente, um bom sinal ao longo da BR 101 com boa qualidade desde Parnamirim até próximo ao município Mamanguape na Paraíba, ou seja, uma cobertura rodoviária da grande carregamento. praticamente sem perdas significativas de sinal no trecho. Informações sobre a outorga via direct

Indicação da operação do transmissor: 10 kW (um pequeno erro digitação no pdf mostra incríveis 10.000 kW)
10kW = 10.000 W

Agradeço aqui a contribuição de Robson Brum que colaborou ao nos encontrar o documento já com a atualização do aumento de potência para 10 kW
Abaixo, estão sendo levantadas as cidades com expectativa de cobertura de sinal classificada entre "muito bom" e "bom".

Estou em contato um dos responsáveis pela outorga para entender as pretensões reais de instalação da emissora. Paralelamente, de forma independente, desenvolvo um estudo de viabilidade técnica e econômica para esta situação específica, com o objetivo de identificar potencialidades e riscos. É fundamental entender que montar e operar uma emissora não é barato, desde a obtenção da licença até a manutenção e a busca por sustentabilidade comercial. Não se trata de simplesmente colocar a rádio no ar e tocar música popular.
A experiência tem mostrado que uma abordagem trivial, adotada em tantas localidades, não garante resultados. Não basta escolher o maior público, é necessário planejar estratégias para que esse público, de fato, escolha ouvir a rádio. É nesse ponto que muitas FMs cometem erros cruciais: partem do pressuposto de que detêm uma “galinha dos ovos de ouro”, e acabam apenas acumulando passivos.
A escolha do público-alvo não garante reciprocidade. Um estudo de mercado que apenas aponte qual população deve ser atendida é, na prática, uma informação vazia. Um estudo real precisa preencher lacunas estratégicas: fornecer as bases para a programação, orientar a linha artística e comercial da emissora e servir como guia fundamental para a gestão integrada entre audiência e finanças.
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