Rádios sem esse equipamento não conseguem ter uma mínima qualidade sonora
- Ricardo Gurgel
- 18 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de mai.
Existe um equipamento que, apesar de essencial para a qualidade do som, é surpreendentemente raro nas rádios comunitárias. E o mais curioso: seu preço não é absurdo. Ele está disponível em diversas versões, inclusive modelos mais simples, mas ainda assim é pouco conhecido no universo das Radcoms.
O que acontece muitas vezes é que essas rádios acabam investindo em equipamentos caros — mesas de som sofisticadas, microfones de alto padrão — mas sem saber exatamente o que estão fazendo. O resultado? Compras de itens que não têm função real na cadeia de transmissão, que são mal configurados ou sequer compreendidos tecnicamente.
A verdade é simples: Não adianta ter uma mesa de som de última geração ou microfones caríssimos. Sem esse equipamento, o som literalmente vai para o lixo.
O tal equipamento? As caixas mágicas.
São responsáveis por algo que poucos percebem tecnicamente, mas todos sentem ao ouvir:
Eliminadores de Distorção
Corrigem falhas e “rasgos” nas vozes e instrumentos
Mantêm a nitidez da música
Realçam a clareza em toda a faixa de frequências
Densificadores de Presença Sonora
Dão sensação de som encorpado e volumoso
Destacam instrumentos com pouca massa sonora
Controlam o excesso dos instrumentos mais pesados
Efeitos práticos na transmissão:
Som mais agradável e profissional
Transmissão constante, sem variações de volume abruptas
Elimina a necessidade de o ouvinte ajustar o volume a cada música ou fala
Dá aquela impressão de que a música "soa melhor" em uma rádio do que em outra
Fluxo de transmissão tradicional (simplificado):
Vozes + Músicas + Comerciais➡️ Mesa de Som (Mixer)➡️ Gerador de Estéreo➡️ Transmissor➡️ Antena
Fluxo com o processador de áudio (ideal):
Vozes + Músicas + Comerciais➡️ Mesa de Som (Mixer)➡️ Processador de Áudio (muitos já com gerador de estéreo embutido)➡️ Transmissor➡️ Antena

E o custo?
Os processadores de áudio variam de R$ 2.000 a R$ 70.000 ou mais.Mas aqui está o segredo: um modelo básico, bem escolhido e ajustado corretamente, pode entregar um som tão bom quanto o de uma rádio que gastou R$ 70 mil.
Com a popularização dos processadores em software, o custo caiu ainda mais. Com um bom computador, placa de som adequada e configurações bem feitas, é possível alcançar uma qualidade sonora comparável à de grandes emissoras — por uma fração do custo.
Exemplo de um processador em ação, reproduzindo diversas músicas em diferentes estilos, sem grandes variações de volume, além de todos os benefícios mencionados.
O processador mais barato e com real eficiência que já vi foi o AP-07X da Apel. Hoje ele é muito difícil de encontrar, pois infelizmente não é mais fabricado. Uma pena, especialmente considerando que outros processadores de qualidade inferior, mas com melhor marketing, ainda continuam sendo produzidos. Mesmo após tantos anos, muitos deles nem chegam perto do que o AP-07X fazia — e ainda custam mais caro!
Na época, eu encontrava um AP-07X por cerca de R$ 700,00. Corrigindo para os valores de hoje, isso equivaleria a aproximadamente R$ 1.500,00 — ainda inquestionavelmente mais barato que outros modelos voltados para pequenas emissoras.
E o mais impressionante: muitos desses concorrentes mais caros entregam resultados piores, o que só reforça o quanto o AP-07X era eficiente e digno de reconhecimento.
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