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Escassez de programadores musicais faz grande emissora considerar programador por IA

Uma das maiores emissoras do Nordeste busca, há algum tempo, um programador musical que domine o repertório popular desde o início dos anos 2000 até os lançamentos mais atuais. No entanto, essa tarefa tem se mostrado mais difícil do que o esperado. A combinação entre conhecimento musical amplo, sensibilidade de programação e capacidade de leitura de tendências é rara, e isso tem gerado uma lacuna importante no processo seletivo.

Diante das dificuldades em encontrar alguém que atenda plenamente aos critérios, fomos procurados para auxiliar na busca. E, ao analisar o cenário, percebemos que talvez seja o momento de explorar um terreno ainda pouco tocado na região: a possibilidade de um programador musical baseado em inteligência artificial. A lógica é simples: embora seja difícil encontrar um profissional humano com esse “tato” específico, a cidade onde a emissora atua já apresenta um padrão claro e identificável de consumo musical, um padrão que pode, sim, ser descrito, medido e transformado em um algoritmo. A partir dessa constatação, sugerimos uma alternativa realista e inovadora.

O salto qualitativo estaria justamente na decodificação do comportamento musical da capital, identificando o que de fato compõe o DNA do consumo massivo local.

Uma vez compreendida essa matriz, alimentar um programador IA com as novas produções do mercado, classificando e atualizando continuamente o catálogo, torna-se um processo tecnicamente simples. A geração de playlists, então, deixa de ser um mistério e passa a ser uma tarefa quase trivial.

É claro que isso tende a gerar inquietações, afinal, impacta diretamente o espaço tradicionalmente ocupado pelo programador humano no rádio. Por isso, nossa recomendação inicial é que a ferramenta seja utilizada como suporte, não substituição: um modelo híbrido, em que um programador humano supervisiona, corrige, filtra e refina as sugestões da IA. Nesse arranjo, ambos evoluem mutuamente, estabelecendo um padrão de competitividade elevado e reduzindo ao mínimo a margem de erro em um mercado cada vez mais acelerado e exigente.

São desafios inevitáveis de nossa era, e o rádio, como sempre, precisa acompanhá-los.

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