Em poucos cliques, o brasileiro já pode investir na Argentina: ARGE11 e ARGT39
- Ricardo Gurgel
- há 5 dias
- 2 min de leitura
Os dois ativos mencionados acima são formas de exposição, ou, de certa forma, “apostas” em empresas argentinas. Cada um deles representa um pacote dessas companhias, mas é importante o alerta: não se deve imaginar que ambos oferecerão exatamente a mesma exposição ao chamado “momento argentino”. É verdade que, em um cenário de possível recuperação, a Argentina pode atrair investidores em busca daqueles upsides aparentemente inacreditáveis. Ainda assim, não faço aqui qualquer recomendação de investimento, afinal, o risco de prejuízo é real, já que o futuro sempre se apresenta antes da hora.
Existem duas formas principais de acessar ações argentinas via Bolsa brasileira: por meio de um ETF ou de um BDR. O mais recente é o ARGE11, que não é idêntico ao ARGT39. Apesar de haver uma boa correlação entre os dois, suas composições diferem: enquanto o ARGE11 tem a empresa Mercado Livre como maior peso da carteira, o ARGT39 destaca a petrolífera argentina YPF como sua principal participação.
Vale ainda observar que o ARGT39 é um BDR de ETF estrangeiro e, por isso, acompanha diretamente a carteira do fundo listado nos Estados Unidos. Além disso, ao contrário do ARGE11, ele possui a característica de pagar dividendos, reproduzindo a política do ETF original no qual está baseado.
O retrato do ARGT39, que paga dividendos:


O retrato do ARGE11, que reinveste automaticamente os dividendos

O investidor brasileiro já conta com dois veículos listados na B3 que permitem investir em empresas argentinas. Isso significa que não é mais necessário abrir conta em uma corretora internacional para ter acesso às oportunidades do país vizinho. Até pouco tempo atrás, essa possibilidade simplesmente não existia de forma direta. Depois de anos sem qualquer alternativa na bolsa brasileira, em um curto espaço de tempo surgiram duas opções distintas de ativos. A vantagem é que eles não são exatamente iguais, oferecendo exposições diferentes ao mercado argentino.
Mais uma vez, esclareço que não se trata de uma recomendação de investimento. O objetivo aqui é apenas destacar a curiosidade de que agora contamos, na nossa própria bolsa de valores, com alternativas para investir em empresas argentinas.
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