Argentina e Bitcoin: minhas proteções ante o vindouro caos econômico brasileiro
- Ricardo Gurgel

- 8 de mai.
- 3 min de leitura
Era óbvio que a Argentina corrigiria sua economia
Redução de gastos, foco na eficiência da máquina pública, liberdade de mercado, corte de impostos, ampliação da concorrência com importados, desburocratização, fim da impressão desenfreada de dinheiro, eliminação de subsídios eleitoreiros... com tantas medidas estruturais, era claro que a Argentina retomaria o rumo econômico.
O mais curioso é me ver, aqui do interior do Rio Grande do Norte, muito mais certeiro em minhas previsões do que economistas formados nas mais renomadas universidades do Brasil, da Argentina e do mundo. Enquanto eles apostavam no colapso, eu via um caminho claro de recuperação. E ainda ganhavam espaço na mídia, sendo meros apostadores do acaso. Grande parte deles, keynesianos, uma doutrina que fracassa sistematicamente e que nunca entregou resultados concretos.
Minha base não veio das universidades brasileiras
Nunca me seduziu a formação de economista no Brasil. Quem quiser seguir esse caminho, boa sorte: terá um belo diploma. Eu prefiro o estudo aprofundado de autores e instituições internacionais. Minha admiração vai para Ludwig von Mises. Graças a ele, percebi que cursar Economia por aqui seria desnecessário para meu propósito.
Como comecei a investir na Argentina
Inicialmente, usei a corretora Avenue para investir no ETF ARGT, que reúne as principais empresas argentinas, entre elas, gigantes como o Mercado Livre (ou Mercado Libre, como é chamado lá). A ideia era clara: investir em um país que saía do caos e que, em poucos anos, teria um salto de qualidade. Comprei ativos a preço de terra arrasada.
Depois, migrei para o Banco Inter, que me deu acesso à NYSE e à NASDAQ direto do aplicativo, sem taxas escondidas. Mas a criação de novos impostos sobre lucros em bolsas internacionais desestimulou. O governo praticamente te obriga a abrir mão dos seus ganhos, chega a 30% de imposto sobre o lucro.
Finalmente: investir na Argentina direto da B3
Eu torcia para que o ARGT fosse replicado na B3. E a torcida deu certo: hoje temos o ARGT39, um BDR que representa o ETF ARGT, com a vantagem de ser negociado na bolsa brasileira. Com isso, a burocracia e a carga tributária são muito menores. Declarar esses investimentos ao imposto de renda é muito mais simples do que lidar com ativos no exterior, onde as regras mudam a todo momento.
Pontos positivos da B3
Antes mesmo das bolsas americanas, já era possível investir em Bitcoin por meio de ETFs na B3. Um dos pioneiros foi o HASH11, que reúne Bitcoin, Ether, Solana e outras criptos. Com cotas em torno de R$ 72, até pequenos investidores podem aplicar sem comprometer o orçamento.
Atenção: estas são minhas escolhas pessoais de investimento. Não devem ser copiadas. O risco existe, e é real. Nada impede que tudo caia amanhã.
ETFs e BDRs como proteção contra um possível colapso econômico brasileiro
Meu foco principal: a recuperação da Argentina
BDR de ETF: ARGT39
Focados em criptoativos:
HASH11
HODL11
COIN11
CRIPT11
QDFI11
CASH3
QSOL11
WEB311
ETFs de índices americanos com dividendos mensais:
SPYI11
QQQ1
BDRs de ETFs americanos:
BDY39 – Focado em empresas americanas pagadoras de dividendos
BIVB39 – Similar ao IVVB11, com melhor preço de cota e dividendos
BIYF39 – Focado no setor financeiro dos EUA
Obs.: ETFs geralmente terminam com “11”, assim como os fundos imobiliários. Já os BDRs terminam em “39”.

Estou descrente com o rumo econômico do Brasil?
Sim, e de forma convicta. Não vejo apenas erros pontuais: vejo um cenário de problemas já “contratados”. E o oposto se dá com a Argentina, país em que acredito e onde deposito parte das minhas fichas.
Mas sejamos claros: não imite minhas apostas. Cada um deve estudar por conta própria ou consultar profissionais autorizados. Cada pessoa calça um sapato diferente. O que exponho aqui são minhas convicções, que podem estar erradas. Posso, inclusive, ter prejuízo.
Canais que recomendo para entender mais sobre investimentos:
Quais são os principais riscos que vejo?
Um deles é Donald Trump. Embora bilionário, sua compreensão da economia nacional é fraca. Seu conselheiro econômico, criticado por Elon Musk e com razão, defende medidas que se assemelham às adotadas por Maduro na Venezuela. Milei, ao contrário, defende abertura de mercado, concorrência, liberdade de escolha e eficiência. Trump vai na direção oposta.
E o maior de todos os riscos?
A instabilidade global. Vivemos sob ameaça de conflitos. Uma pacificação mundial impulsionaria enormemente a economia. Torço por paz na Europa, na África e em todos os cantos do planeta.












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