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Forte redução da inflação argentina é escondida dos brasileiros ...De 25% para 1,6% em 18 meses

A cobertura enviesada e a ocultação de dados positivos

A menos que se trate de um breve comentário e sempre evitando qualquer comparação com o desastre econômico deixado por Alberto Fernández ou Cristina Kirchner dificilmente se verá nos grandes canais de TV aberta ou nos veículos do tipo all news qualquer pista clara da rapidez com que a Argentina tem melhorado seus indicadores de inflação, pobreza e miséria. Mesmo quando os dados vêm de institutos sem qualquer alinhamento com o governo atual, qualquer aprofundamento ou destaque é, em geral, evitado nesses espaços de mídia.

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Dados frios e inegáveis:

No segundo semestre de 2024, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), a pobreza na Argentina caiu de 52,9% para 38,1% da população, uma redução de 14,8 pontos percentuais, o que representa cerca de 4,4 milhões de pessoas saindo da linha da pobreza. A indigência (miséria extrema) também recuou significativamente, de 18,1% para 8,2%, uma queda de 9,9 pontos, ou aproximadamente 3 milhões de pessoas fora da situação de miséria.

Em julho de 2025, estimativas mais recentes, com base em declarações do ministro Luis Caputo e posts na rede X, indicam que a pobreza teria caído ainda mais, para algo entre 31,7% e 33%, enquanto a indigência estaria em aproximadamente 7,3%. Apesar da relevância, esses dados ainda não foram confirmados oficialmente pelo INDEC, e, por isso, devem ser tratados como preliminares.


Moro no estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro, e a única forma que tenho de acompanhar a realidade argentina é pela internet. As redes nacionais de TV ou rádio, em sua maioria, evitam falar sobre a Argentina ou, quando falam, tratam o tema de forma muito superficial, bem diferente do período das eleições presidenciais, quando Javier Milei começou a aparecer como um candidato viável.

Naquela época, o “esporte nacional” das redes de notícias por aqui era ridicularizar Milei, tentando retratá-lo como um louco desorientado. Quando ele venceu, logo no início tentaram pintá-lo como um verdadeiro demônio. Agora, com os avanços sociais e econômicos que ele vem obtendo, as TVs preferem não dar destaque a essas conquistas, com receio de que fiquem evidentes os resultados positivos das ideias da Escola Austríaca de Economia, defendida por Ludwig von Mises e Friedrich Hayek, ambos críticos do socialismo e defensores do liberalismo econômico.

O grande temor da maioria dos jornalistas brasileiros é justamente esse: criticar o socialismo. Há um pavor com as críticas que isso pode gerar — e um medo ainda maior de que Milei prove, na prática, o sucesso do pensamento liberal na redução da pobreza e da miséria.


Inflação acumulada nos últimos 12 meses (Indec)

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Desculpe-me pelo formato excessivamente formal a seguir, mas, para garantir que as informações não percam legitimidade no debate público, sou obrigado a adotá-lo. Infelizmente, não posso confiar que um tom mais opinativo ou menos engessado seja respeitado em ambientes contaminados pela doutrinação acadêmica ou pela parcialidade da imprensa latino-americana. Então, vamos aos fatos e à repercussão concreta do dia de hoje:


Repercussões imediatas

1. Investidores e confiança econômica

O índice de inflação mensal de junho foi de 1,6%, abaixo da expectativa de 1,9%. O índice anual recuou para 39,4%, consolidando 14 meses consecutivos de desaceleração. A notícia foi bem recebida pelos mercados e reforça a credibilidade das reformas econômicas do governo Javier Milei (Reuters).

2. Reação do presidente Milei

O presidente celebrou o resultado em suas redes, agradecendo ao ministro Luis "Toto" Caputo e afirmando que os “bons argentinos comemoram os 1,6%, enquanto os chorões de sempre lamentam”. Para o governo, trata-se de mais um sinal de que o ajuste fiscal austero está funcionando (Reuters, Financial Times).


Cautela permanece nos mercados

Apesar do alívio com os dados inflacionários, os mercados mantêm postura defensiva diante de riscos institucionais:

  • O S&P Merval caiu 0,34%, enquanto os títulos soberanos recuaram cerca de 0,5%, refletindo a tensão política provocada pelo veto presidencial ao reajuste de pensões aprovado pelo Senado, além das incertezas jurídicas envolvendo a YPF (Reuters).

  • O peso argentino segue pressionado, tanto no câmbio oficial quanto no paralelo (blue), impulsionado por temores fiscais e pela volatilidade política.


Expectativas para os próximos meses

  • Inflação: O Banco Central projeta que o índice anual pode cair para 27% até o fim de 2025. Para julho, espera-se nova desaceleração, embora com possíveis pressões sazonais.

  • Risco político: Persistem tensões entre o Executivo e o Senado, além de pressões judiciais sobre a estatal YPF e o andamento do ajuste fiscal.

  • Câmbio: O dólar permanece em alta, podendo repercutir na inflação futura, principalmente em insumos e bens importados.


Resumo final

  • A inflação de junho veio abaixo do esperado, reforçando a tendência de desaceleração.

  • Os mercados reagiram positivamente, mas ainda demonstram cautela com o cenário político.

  • A expectativa é de continuidade da queda inflacionária, embora choques políticos ou cambiais possam reverter esse quadro.



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