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Nosso canal com o leitor

Atualizado: 25 de jul.

Muitos dos leitores do site são visitantes frequentes, e uma boa parte gostaria de opinar e interagir com nossas ideias, esteja onde estiver, sem barreiras. Por isso, criei um grupo no Facebook para reunir leitores que, em geral, acabam se tornando assíduos por afinidade com os temas abordados.


Com o grupo, será possível acompanhar sempre que uma nova postagem for publicada e qual é o tema tratado. Além disso, novos debates podem surgir ali mesmo, no grupo, e até inspirar futuras postagens.

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O grupo também tem a função prática de avisar sobre novas publicações. E, claro, queremos que ele se torne um espaço vivo de troca, onde temas atuais e relevantes para o rádio e o mercado possam ser discutidos.


Alguns dos temas que serão recorrentes no www.blogdoRG.com.br

  • Reocupação da faixa AM

  • Debates sobre padrões digitais para o rádio

  • AM digital

  • Ondas curtas digitais

  • Funcionalidades do rádio digital além do áudio

  • Reorganização programática e econômica de emissoras

  • Tecnologias do rádio, novas e antigas

  • E outros assuntos satélites que orbitam esse universo


Por que começar falando sobre a reocupação da faixa AM?

A reocupação da faixa AM é, para mim, uma necessidade urgente, mas não no formato analógico. A cada ano, a degradação do sinal se acentua. Foi justamente esse problema que motivou as emissoras a lutar (e conseguir) pela migração para a FM, uma banda menos sujeita a interferências e com maior eficácia para um alcance economicamente viável, especialmente para emissoras de baixa potência focadas nas comunidades locais.

Lembro que tentava ouvir rádios do interior do RN e da Paraíba: às vezes conseguia sintonizar brevemente, mas logo o sinal sumia.


Reocupação viável: só com som bom e limpo

A recepção digital em AM é equivalente a ouvir um streaming, só que sem internet. O sinal é captado com continuidade, sem chiados. Se estiver fraco, simplesmente desaparece, como acontece com a TV digital em sinal fraco.


O AM Digital: para curta e longa distância

O formato mais viável que identifico desde 2008 para a banda AM é o DRM. Naquela época, ele ainda precisava operar em modo híbrido, o que eu costumava criticar como “ter um pé em duas balsas”. Desde meu tempo na 98 FM Natal, eu já dizia que não via perspectiva de definição de um padrão digital no rádio brasileiro. E veja só: até hoje seguimos sem esse padrão. Enquanto isso, a TV, bem mais cara e complexa, já migrou com sucesso para o digital. E a população nem percebeu: simplesmente passou a usar.É isso que o AM precisa: chegar ao público de forma simples e natural.


Algumas emissoras têm conteúdo com alcance nacional

As rádios FM, por natureza, têm abrangência regional ou metropolitana. Mas há uma parte importante do rádio que depende de alcance interestadual ou nacional. Uma das saídas tem sido a formação de redes. Lembro que, em Natal, quando estávamos prestes a escolher uma afiliação, as opções giravam em torno de formatos all-news como BandNews, Bandeirantes e Jovem Pan. A Mix já estava fora da mesa, pois operava em 103,9. A escolha pela Jovem Pan foi rápida, pois o proprietário já tinha afinidade com a rede. Em menos de um mês, a emissora estava no ar.

Ampliar o alcance sem depender de rede

Formar rede envolve manter a saúde de todas as afiliadas, com um equilíbrio delicado entre autonomia e padronização. Muitas vezes funciona; em outras, não. Emissoras AM de alta potência podem cobrir boa parte do Brasil à noite, mas fora do horário nobre do rádio, que ainda é a manhã.

Mesmo assim, com potência adequada, uma AM de Recife poderia cobrir com qualidade cidades como João Pessoa, Campina Grande e Caruaru, e até alcançar Natal com sinal aceitável, superando largamente as FMs em alcance.


Ir ainda mais longe

Emissoras de São Paulo, Rio e Minas podem sonhar com cobertura realmente nacional. Com o padrão DRM, é possível operar em ondas curtas com qualidade de áudio limpa — algo impensável no passado. Bandeirantes, Tupi, Globo, entre outras, poderiam novamente ser ouvidas em todo o Brasil, inclusive durante o dia.

Meu avô tinha um rádio Transglobe, aquela “caixota preta” com várias bandas. Ficava encantado ao ouvir rádios que nem sabia de onde eram. O sinal chiava, limpava, ia e voltava — mas trazia o mundo até nossa casa.

Imagine hoje ligar um rádio moderno e captar a Rádio Tupi em Natal, ouvindo um jogo do Flamengo mesmo sem internet. Isso poderia ser cotidiano, e as marcas ganhariam fôlego renovado. As ondas curtas, que nunca tiveram tradição comercial no Brasil, abririam as portas de um novo mundo.


Não falta assunto para conversarmos!

Agradeço aos primeiros amigos que já migraram para nosso grupo no Facebook. Estamos só começando, e o crescimento será natural com o tempo.

Ontem, por exemplo, conversei longamente com dois membros do grupo, ambos paraibanos.

O Lenildo, da região de Cajazeiras, comentou que ontem à tarde, enquanto andava pela BR, longe de qualquer rede elétrica, conseguiu captar uma rádio AM de sua cidade. O som tinha aquele perfil clássico do AM, faixa sonora estreita, mas inteligível para voz. Deveria ter feito um registro… Fica para a próxima.

Lenildo tem diversos equipamentos dedicados à recepção de rádio (os famosos DXistas) e participa de grupos especializados, com registros incríveis de captação, inclusive de emissoras europeias em digital.

Tive a oportunidade de conversar com ele sobre algumas das emissoras de Natal onde trabalhei. Cheguei a enviar fotos de uma visita feita durante a gravação do Missão Impossível. Eita! Naquela época o Evandro ainda fazia parte do programa, e sinceramente acho que foi a melhor fase. Inclusive, a Lígia Mendes e ele nos receberam muito bem, com uma recepção excelente.

Também compartilhei uma experiência incrível que tive nas montanhas da Cordilheira dos Andes, quando consegui captar uma rádio de Santiago. Ontem, acabei não mencionando o nome da emissora, mas era a Concierto, uma rádio basicamente dedicada aos anos 80, com toques de atualidade e outras décadas. Foi, sem dúvida, minha favorita em todas as viagens que fiz a Santiago.

Aproveitei para comentar também sobre a impressionante NRJ Paris, que além de atuar na França, possui várias filiais em outros países da Europa, e até fora dela. Cheguei a enviar um link para que ele ouvisse a rádio em streaming. O áudio desse streaming, aliás, é o mesmo que é enviado por fibra ótica até o transmissor digital em Paris, que opera via DAB+ (Digital Audio Broadcasting Plus). A NRJ faz parte do multiplex DAB+ da capital francesa.

Assunto não faltou. Ficamos conversando até tarde. Eu durmo muito pouco — e, inclusive, é mais no fim da noite que costumo escrever, que é quando o processo realmente flui melhor para mim.

Já o Peter Shelton, apesar do nome estrangeiro, também é paraibano. Compartilhou a rica história de sua família com o rádio, que o influenciou profundamente. Sua profissão está diretamente ligada ao universo do AM, FM e ondas curtas. Contou que sua mãe ouvia a BBC de Londres com frequência, olha só o alcance educativo que isso representa! E também que seu avô, com habilidades eletrônicas, resolvia problemas técnicos de grandes emissoras.

Falamos, claro, sobre os desafios atuais, as adaptações necessárias para o rádio seguir competitivo, e sim, isso passa pela digitalização.

Com o Peter, inclusive, cheguei a iniciar uma conversa sobre um projeto de pesquisa que acredito ter bastante a ver com o perfil dele, e acho que ele gostaria de participar. Também falamos sobre como muitas rádios, na tentativa de buscar audiência, acabam adotando fórmulas que provocam justamente o efeito contrário.

Discutimos ainda as resistências que muitos têm em relação ao processo de digitalização, que ainda não foi compreendido como uma oportunidade real de reavivamento para a faixa AM. É aquele velho processo de negação, e quanto mais se adia essa adaptação, mais distante fica uma solução viável. Nada disso é simples, claro, mas o debate segue de um jeito ou de outro.


Esse é o tipo de interação que queremos promover no grupo. E quem sabe algumas dessas conversas não virem artigos no Blog?

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