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Por que mulheres tendem a apostar no ouro e os homens em Bitcoin?

Em praticamente qualquer cultura e parte do mundo, observa-se um padrão consistente: homens tendem a assumir mais riscos, enquanto mulheres se mostram, em média, mais prudentes. Isso não é apenas opinião, mas um reflexo de condicionamentos evolutivos.

Nos tempos primitivos, os homens assumiam o papel de caçadores, expostos a decisões de improviso diante de situações de perigo. Já as mulheres, muitas vezes responsáveis pela proteção dos filhos em ambientes vulneráveis, desenvolveram estratégias de manutenção, segurança e prudência. Esse legado evolutivo ecoa até hoje, refletindo-se em escolhas financeiras e estratégicas.

Não é coincidência que muitas empresas lideradas por mulheres apresentem consistência e evolução, um traço que pode surpreender alguns, mas que, na verdade, deriva dessa maturidade na tomada de decisão.


Bitcoin: adrenalina e volatilidade

O Bitcoin é o retrato da instabilidade: correria, tensão, altos e baixos, picos de euforia seguidos de quedas bruscas. Não se trata de falta de qualidade do ativo, mas de sua natureza volátil, que exige tolerância emocional e predisposição ao risco. Essa “montanha-russa” tende a atrair mais os homens, que historicamente demonstram maior afinidade com decisões arriscadas.

É como se o Bitcoin refletisse a própria impulsividade masculina: momentos de grande ativação, explosões rápidas de crescimento e, em seguida, quedas igualmente intensas.


Ouro: constância e prudência

O ouro, por sua vez, é mais estável e contínuo. Também enfrenta variações, mas dentro de limites menos extremos. É visto como reserva de valor, testado ao longo de séculos. Essa característica dialoga mais com a média do comportamento feminino: buscar algo confiável, que prove sua consistência no tempo.

Enquanto muitos homens se deixam levar pela emoção de uma disparada do Bitcoin — como um “namoro intenso” que empolga rapidamente — as mulheres, em geral, tendem a valorizar a solidez de longo prazo, evitando relações com altos riscos de “separação repentina”, tal como ocorre nas quedas bruscas das criptomoedas.


Tendência clara de preferência

Se colocássemos um grande grupo de homens e mulheres diante da escolha entre ouro e Bitcoin, dificilmente haveria dúvida: a maioria das mulheres tenderia ao ouro, enquanto a maioria dos homens optaria pelo Bitcoin.

Essa realidade já pode ser observada na prática. Tanto nos EUA quanto no Brasil, investidores têm acesso a ETFs que permitem comprar ouro ou Bitcoin de forma fracionada e acessível. Não é preciso adquirir uma barra inteira de ouro ou um Bitcoin completo: basta adquirir cotas, o que democratiza o acesso e reforça essa diferença de perfil entre os sexos.


Como investir em ouro?

Claro que podemos facilmente investir em fundos atrelados ao ouro, lucrando quando ele sobe de preço e realizando uma venda mais à frente. Mas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos existe uma forma simplificada de fazer isso.

Em vez de comprar diretamente o ouro físico, é possível adquirir cotas representativas desse ativo. Essas cotas estão vinculadas ao desempenho do metal, garantindo que, mesmo de forma indireta, você participe da variação do preço do ouro.

Esse veículo de investimento é chamado de ETF.


O que é um ETF?

ETF significa Exchange Traded Fund (ou Fundo de Índice em português).

  • É como se fosse uma “caixa” de investimentos que junta vários ativos (ações, ouro, dólar, títulos etc.) dentro dela.

  • Você compra uma cota dessa caixa na bolsa de valores, exatamente como faria ao comprar uma ação.

Exemplo fácil: Imagine que você quer investir em ouro, mas não deseja comprar uma barra inteira. Você pode simplesmente adquirir um ETF de ouro (como o GOLD11 na B3), que já representa uma fração do ouro guardado por um fundo. Assim, com pouco dinheiro, é possível participar da valorização do metal.


Aqui vou listar como os ETFs de ouro podem ser encontrados para compra e venda nas bolsas brasileiras e americanas.

Não se trata de nenhuma recomendação de compra ou venda, nem de dizer que seja algo que precisa ser adquirido. O objetivo é apenas citar que esses ativos existem e estão disponíveis no mercado.

É importante lembrar: sempre há risco de perdas, mesmo quando se fala em ouro. O fato de ter havido crescimento no passado não garante que o ativo continuará valorizando no futuro. Afinal, tudo pode mudar, quem sabe um dia não cai na Terra um meteoro repleto de ouro e o mercado fica inundado pelo metal?


ETFs de Ouro Disponíveis na B3 (bolsa de valores brasileira)

1. GOLD11 – Trend ETF LBMA Ouro

  • O que é: Primeiro ETF de ouro listado no Brasil, lançado pela XP Asset. Busca replicar o preço do ouro (LBMA Gold Price), com exposição à variação do ouro em dólar via iShares Gold Trust (IAU).

  • Características:

    • Taxa de administração: ~0,30% ao ano.

    • Alta liquidez e negociação simplificada.

2. GLDX11

  • O que é: ETF listado na B3 que replica o VanEck Merk Gold Trust (OUNZ), fundo americano lastreado em ouro físico.

  • Diferenciais:

    • Transparência e confiabilidade por replicar um ETF globalmente reconhecido.

    • Perfil de “refúgio seguro” em momentos de volatilidade.

3. AURO11

  • O que é: Lançado em 2025 pela Buena Vista Capital, é um ETF de ouro físico com estratégia de covered call (venda de opções de compra), que gera renda mensal.

  • Destaques:

    • Proventos mensais estimados entre 1% e 1,2% sobre o valor da cota.

    • Taxa de administração: 0,98% ao ano.

    • Combina exposição ao ouro com geração de renda recorrente.


Tenho uma atenção especial para o AURO11, que é bem novo e foi lançado nesta semana. O grande diferencial dele é que, ao contrário dos ETFs tradicionais de ouro — onde muitas vezes passamos anos sem realizar lucro até vender as cotas, ele oferece aos cotistas uma espécie de “dividendos”.

Não é algo trivial de explicar, mas dá para resumir assim: o fundo transforma parte do crescimento do preço do ouro em dinheiro e o distribui mensalmente para quem possui cotas.

Se houver interesse, deixem comentários que preparo uma postagem dedicada para esclarecer melhor esse funcionamento.


ETFs de Ouro nos EUA

ETFs de Ouro Físico (exposição direta ao metal)

  • SPDR Gold Shares (GLD): maior e mais líquido ETF de ouro do mundo; taxa de 0,40% a.a.

  • iShares Gold Trust (IAU): segue de perto o preço à vista; taxa de 0,25% a.a.

  • Goldman Sachs Physical Gold ETF (AAAU): lançado em 2018, taxa de 0,18% a.a.

  • SPDR Gold MiniShares Trust (GLDM): versão de baixo custo do GLD, taxa de 0,10% a.a.

  • iShares Gold Trust Micro (IAUM): ainda mais acessível, taxa de 0,09% a.a.

ETFs de Mineradoras de Ouro (exposição indireta via ações)

  • iShares MSCI Global Gold Miners ETF (RING): reúne ações de grandes mineradoras globais; retorno de 45,5% em 2025.

  • VanEck Junior Gold Miners ETF (GDXJ): foco em mineradoras menores; retorno de 45,7% em 2025.

  • Outros ETFs como GDX e GBUG também se destacam em ciclos de valorização do setor.


Investir em ouro via ETFs é uma forma prática, acessível e diversificada de se expor ao metal, sem precisar lidar com a compra, guarda e custódia de barras físicas.


Correr para as montanhas?

Padrões de comportamento entre homens e mulheres no mundo dos investimentos, fica claro que tanto a prudência quanto a ousadia têm o seu valor. O ouro simboliza segurança e continuidade, enquanto o Bitcoin representa dinamismo e risco calculado. O investidor mais preparado não é aquele que escolhe apenas um caminho, mas sim quem consegue integrar esses dois polos em sua estratégia.

Vivemos um tempo em que até o dólar e outras moedas, antes consideradas intocáveis, já estão cercadas por incertezas. O ouro surge, então, como a “mãe de todos os desesperados”: um refúgio universal quando o caos ameaça engolir tudo. O Bitcoin, apesar de seu potencial, ainda não alcança esse grau de confiança, permanecendo como ativo de aposta ousada. Em meio à guerra política entre o governo americano e seu próprio banco central, somada às jogadas impulsivas de Trump, que criam imprevisibilidade até mesmo para seus parceiros mais próximos, talvez seja o ouro, e não outro ativo, o colo materno a socorrer os investidores nos momentos de maior desespero.


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