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Eleições legislativas na Argentina: Milei ganha mais congressistas com eleições em 4 províncias

Milei e seu partido, La Libertad Avanza, começam a ampliar o número de congressistas nas primeiras eleições legislativas realizadas após sua posse como presidente. Esse processo, uma vez consolidado, poderá finalmente conferir a Milei os poderes necessários para avançar em sua agenda de privatizações de grandes empresas estatais e na redução ainda mais drástica do tamanho do Estado. Também abriria caminho para reformas estruturais com impacto direto nas contas públicas, possibilitando ao governo maior margem de manobra fiscal e afastando riscos de desequilíbrio orçamentário.

Na Argentina, o sistema federal permite que cada província estabeleça seu próprio calendário eleitoral para cargos locais — como governadores, legisladores provinciais, prefeitos e vereadores. Isso significa que as eleições provinciais podem ocorrer em datas distintas das eleições nacionais.

Hoje, 11 de maio de 2025, quatro províncias argentinas estão realizando eleições locais: Salta, Jujuy, Chaco e San Luis.

Mesmo com uma base legislativa reduzida até agora, Milei tem conseguido aprovar diversas de suas propostas, um feito considerado impensável em muitas democracias, inclusive no Brasil. Aqui, mesmo quando o presidente elege uma quantidade expressiva de deputados e senadores aliados, isso não garante alinhamento automático. No caso argentino, Milei tem avançado muito mais pelo contexto de urgência e necessidade do país do que por sua habilidade em negociar com o Congresso. Muitos parlamentares, mesmo sem qualquer interlocução direta com o presidente, têm analisado os projetos com base em seus méritos e no impacto percebido para a nação. Trata-se, sem dúvida, de um comportamento político incomum, até mesmo na Argentina.

Um crescimento da base de apoio de Javier Milei no Congresso argentino, aliado a uma possível melhora econômica do país, pode influenciar o Brasil de diversas formas — políticas, econômicas e ideológicas. Aqui estão os principais impactos possíveis:


1. Pressão ideológica sobre a política brasileira

Se Milei consolidar sua agenda liberal e antiesquerdista com sucesso legislativo e sinais de recuperação econômica, isso poderá servir de exemplo para setores políticos brasileiros mais alinhados com o liberalismo radical ou com posições conservadoras. Pode haver:

  • Reforço discursivo da direita liberal no Brasil, que poderá apontar Milei como "case" de desburocratização e reforma do Estado.

  • Pressão sobre o governo brasileiro (especialmente se for de esquerda ou centro-esquerda) para adotar ajustes fiscais ou medidas pró-mercado.


2. Influência na narrativa econômica regional

Caso a economia argentina mostre sinais consistentes de recuperação sob as reformas de Milei — como redução da inflação, equilíbrio fiscal e retomada de investimentos —, isso pode reverter a imagem da Argentina como "estado falido" e reposicionar o país como um modelo alternativo ao intervencionismo estatal. Para o Brasil:

  • Pode surgir uma comparação constante entre os resultados econômicos dos dois países.

  • Investidores internacionais podem pressionar o Brasil por reformas semelhantes, caso a Argentina se torne mais "atraente" no papel.

3. Dinâmica no Mercosul e comércio bilateral

Se Milei ampliar seu poder e sua visão liberal ganhar força, é possível que ele tente transformar o Mercosul em um bloco mais flexível ou até bilateralizar negociações comerciais. Isso pode afetar:

  • A coesão do bloco, caso Brasil e Argentina não tenham posturas convergentes.

  • A estrutura tarifária comum, se a Argentina pressionar por maior abertura.

  • As exportações brasileiras, principalmente de manufaturados, se a Argentina retomar o consumo interno e o comércio se intensificar.

4. Isolamento ou distanciamento político-diplomático

Apesar de certa moderação recente, Milei mantém um discurso agressivo contra governos de esquerda na América Latina, incluindo o Brasil. Se a oposição ideológica se acirrar:

  • Pode haver paralisação de iniciativas regionais conjuntas.

  • Diálogos multilaterais como CELAC e UNASUL podem enfraquecer.

  • A Argentina pode se alinhar mais firmemente aos EUA e à direita latino-americana, forçando o Brasil a lidar com um vizinho mais hostil ou, no mínimo, menos cooperativo.


5. Efeitos indiretos sobre o humor do mercado

Melhoras na Argentina com Milei podem elevar o apetite por risco na região, atrair investidores e até fortalecer a moeda argentina. Se o Brasil mantiver um ritmo mais lento de reformas ou instabilidade política, pode perder comparativamente. Os efeitos podem incluir:

  • Valorização da Argentina frente ao Brasil em indicadores de risco-país e competitividade.

  • Mudança no fluxo de capitais, sobretudo em áreas como fintechs, energia e agronegócio.

  • Estímulo a pautas privatistas ou de reforma administrativa no Brasil.


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