Ceará Ondas Curtas: Áudio comparativo entre transmissão analógica (Convencional) e Digital (DRM)

Esta captação foi realizada no interior do Ceará, no Brasil, por Jonathas Oliveira, radioamador e entusiasta das ondas curtas. Ele sintonizou uma emissora norte-americana que transmite simultaneamente em modo analógico e digital (DRM), proporcionando uma oportunidade única de comparação direta entre as duas formas de recepção.

Utilizando dois receptores, um convencional e outro compatível com DRM, Jonathas registrou o áudio ambiente de ambas as transmissões. Embora a captação não represente com exatidão a experiência auditiva ideal (devido ao método ambiental), o vídeo permite perceber com clareza as diferenças entre os dois modos de transmissão, cumprindo seu propósito principal: mostrar o salto de qualidade proporcionado pelo rádio digital.

As transmissões em ondas curtas permitem uma flexibilidade técnica que equilibra alcance e qualidade. Em DRM, por exemplo, é comum que as emissoras utilizem bitrates mais baixos e áudio mono para garantir maior robustez do sinal em longas distâncias. Essa escolha, embora aparente perda de qualidade, traz um grande ganho de estabilidade e, ainda assim, supera amplamente o som analógico tradicional em ondas curtas.

No caso específico da gravação apresentada, a emissora norte-americana manteve uma qualidade sonora razoavelmente alta, o que torna ainda mais evidente o diferencial do DRM. Mesmo com uma captação ambiente, o áudio digital é muito mais nítido, alcançando uma qualidade que lembra uma FM local, superando com folga qualquer recepção analógica até em ondas médias.

Este vídeo também reforça um ponto importante: mesmo sem transmissoras brasileiras operando em DRM, a aquisição de um receptor compatível com ondas curtas digitais não é um investimento perdido. O rádio em DRM é, por natureza, global. Com ele, é possível ouvir transmissões de diversas partes do mundo e, dependendo das condições e do equipamento, até mesmo captar experiências notáveis em ondas médias aqui no Brasil.

O Brasil ainda não criou qualquer estímulo oficial para a compra de receptores DRM, nem subsídios, nem sequer campanhas publicitárias. Mesmo assim, já começamos a ver, aqui e ali, pessoas adquirindo esses equipamentos e demonstrando que conseguem captar diversas emissoras em DRM ao redor do mundo.

Naturalmente, quem investe nesse tipo de aparelho, por enquanto, é o público mais esperado: entusiastas, radioamadores e profissionais do setor. É claro que ainda não se trata de um movimento massivo, mas esses pioneiros cumprem um papel essencial — são, na prática, nossos verdadeiros pilotos de teste.

Graças a eles, temos acesso a um material valioso de observação, com registros que possibilitam análises, simulações e ajustes técnicos reais, antecipando como o sistema poderá funcionar em maior escala quando (ou se) o DRM for efetivamente adotado de forma mais ampla no país.

Confira o vídeo completo no canal de Jonathas Oliveira DX: https://www.youtube.com/@Jonathas104