Nova torre para FMs será erguida em Natal

Sim, teremos mais uma torre de FM sendo erguida em Natal. A estrutura terá 50 metros de altura, desconsiderando o desnível natural do terreno em relação à média da cidade. Será uma torre autoportante equipada com mastro de topo, recurso especialmente útil para reduzir o rebatimento irregular do sinal emitido pelos elementos da antena, algo que costuma prejudicar o diagrama de cobertura.

A emissora que vai operar nesta torre utilizará potência de 12 kW, ou seja, 12.000 watts destinados a cobrir uma população superior a 1,5 milhão de habitantes, alcançando até 40 km a partir da antena, dentro das condições mencionadas.

Recentemente entrou em operação, ainda em caráter experimental, a Rádio Câmara. Durante os testes iniciais, a cobertura foi excelente e a qualidade de áudio impressionou, realmente muito boa. Não cheguei a verificar qual potência foi utilizada nos ensaios nem qual processador de áudio estava em uso, mas a impressão geral foi bastante positiva. Atualmente, o sinal encontra-se desligado, algo comum nesse período de ajustes. Pelo que observei, provavelmente o foco agora esteja na conclusão das instalações do estúdio, já que, nos primeiros dias de testes, o conteúdo transmitido vinha do satélite, com programação gerada em Brasília.

É importante destacar que rádios estatais costumam privilegiar horários musicais com forte presença de MPB e outros gêneros regionais. Entre elas, uma que considero referência é a Rádio Marinha de Natal. Acompanho com frequência e me surpreendo com os bons números obtidos no streaming. Trata-se de uma emissora que ousa mais que suas “irmãs estatais”, incluindo em sua grade desde o rock dos anos 80 até programações com ritmo mais acelerado. O resultado é perceptível na audiência.

Vale lembrar: uma rádio de utilidade pública só cumpre seu papel se conseguir, de fato, conquistar audiência. Nesse sentido, registro minha admiração pelo trabalho da Rádio Marinha e deixo minha torcida para que a Rádio Câmara de Natal também surpreenda, indo além da fórmula centralizada de Brasília.