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Radio, Market & the Listener's Mind

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Enquanto o Brasil permanece em um loop de notícias repetidas, pelo streaming acompanho o atentado contra Charlie Kirk

Nada é mais brutal do que uma notícia sangrenta chegando em instantes ao seu ouvido, mesmo estando a milhares de quilômetros de distância. Eu estava ouvindo a FOX por causa da proximidade com os atos presidenciais e também pelos avanços de drones russos sobre a Polônia. Pela lógica, se algo relevante ocorresse, seria a FOX uma das primeiras redes de rádio e TV a comunicar as novas fontes de ansiedade dos senhores da guerra no mundo. Mas, justamente nesta tarde, o que ouvi foi sobre o tiro fatal em Utah, um disparo que silenciou uma voz de debate.

Não se tratava de um totalitário, mas de alguém disposto a mostrar seu ponto de vista. Por mais que se diga que ele apenas queria provar sua tese, o simples fato de ter criado um formato que o obrigava a ouvir argumentos contrários já o tornava mais democrático do que muitos de seus acusadores. No Brasil, porém, os portais já iniciaram parte da cobertura carimbando Kirk como “radical de direita”, o que soa como um ensaio narrativo para justificar o ato, quase um perdão ao agressor que eliminou uma voz oposta.

Infelizmente, a imprensa tem lado. Poucos jornalistas conseguem manter o mínimo de ética no tratamento da notícia. A maioria se especializou em colorir os fatos com a ideologia predominante nas salas de aula de jornalismo, onde já existe um claro desequilíbrio do debate. Sim, a FOX não é neutra, e eu sei disso com absoluta consciência. Justamente por reconhecer suas inclinações, consigo filtrar o que ali é amenizado ou exagerado conforme os interesses editoriais. E, nesse aspecto, é muito mais fácil perceber os ajustes da FOX do que o disfarce cruel da NBC e de outras.

A notícia me chegou pelo streaming, e não pelo rádio. O streaming ganha espaço porque o debate sobre o rádio digital no Brasil continua arrastado. Assim, acabo ouvindo uma emissora de Nova Iorque enquanto, aqui, seguimos presos em um loop de manchetes repetidas sobre um julgamento cujo desfecho já não guarda qualquer drama ou surpresa. É como assistir a um jogo de futebol longo e cansativo em que o placar já se conhece antes do apito inicial. A grande imprensa imagina um fator de suspense que não existe. Claro, haverá dias-chave em que o país irá parar para acompanhar a cobrança de pênalti e, depois, para esperar o apito final e a confirmação do resultado. Mas, fora isso, é apenas a repetição de um enredo previsível.

 
 
 

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