Marinas de “Monte Carlo” a 10 km de Pipa e Tibau do Sul
- Ricardo Gurgel
- 4 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de mai.
Baía própria para marinas
A baía próxima a Pipa (RN) reúne traços que lembram recantos disputados do Mediterrâneo: enseadas protegidas, águas calmas e extensão costeira ideal para a instalação de marinas. Esses empreendimentos, além de atraírem um público de maior poder aquisitivo, geram empregos diretos e indiretos com remunerações acima da média regional.
Apesar de conhecida como Lagoa de Guaraíras, essa porção d’água comporta-se como uma baía, com predominância de salinidade marinha, mas conta com significativo aporte fluvial vindo principalmente de Senador Georgino Avelino. No mapa, Tibau do Sul ocupa uma margem da baía, enquanto, na outra, situa-se a praia de Malembá (município de Georgino Avelino), cuja sede dista apenas 4 km do litoral.

Caís de Georgino Avelino
A rota de maior calado, resultado do escoamento dos rios vindo de quilômetros terra adentro.
O planejamento é chave
O diferencial para viabilizar marinas e hotéis está no planejamento: é ele que harmoniza investimento, geração de emprego e uso responsável dos recursos naturais. Quando há diálogo entre empreendedor, comunidade e órgãos ambientais, abre-se espaço para projetos que contemplam infraestruturas modernas sem comprometer o entorno.
Em diversas regiões do país, ainda se debate se crescimento econômico implica necessariamente em pressão sobre o meio ambiente. A experiência de outros estados, e mesmo de países europeus, mostra que é possível conciliar luxo e preservação, desde que os processos de licenciamento e acompanhamento técnico sejam claros e céleres.
Embora hoje não se vejam investimentos de grande porte na baía, há interessados dispostos a aportar capital em marinas e resorts, e a expectativa de que, em breve, as primeiras licenças sejam concedidas. A longo prazo, instalações bem planejadas irão reforçar a vocação turística da região e valorizar ainda mais sua população
Enquanto isso, iates e veleiros percorrem as mesmas rotas usadas por pescadores artesanais, que muitas vezes aproveitam a demanda turística para obter melhores preços pelo pescado. Com respaldo regulatório e infraestrutura adequada, esses dois segmentos podem conviver e prosperar lado a lado.
Marinas são comuns no litoral global e demonstram que, com normas bem definidas e gestão integrada, é possível oferecer experiências de alto padrão e, ao mesmo tempo, cuidar dos ecossistemas costeiros. A baía de Guaraíras tem todos os ingredientes para seguir esse caminho.

Desenvolvimento econômico não é degradação por obrigação
O grande problema é o pensamento petrificado de que desenvolvimento econômico significa degradação ambiental. No entanto, é fácil perceber que proibir qualquer avanço econômico pode ser um motor para a miséria, a falta de saneamento e a própria degradação ambiental.

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