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Baixa audiência no streaming é também baixa audiência no dial

Atualizado: 2 de jul.

Aqui está um dos pontos que merecem minha especial atenção como componente de análise colateral de audiência. É a partir desse tipo de observação que extraio informações valiosas para testes de hipótese em trabalhos de reposicionamento. A audiência dos streamings, especialmente quando falamos de aplicativos extremamente populares como o RadiosNet.


Exemplos reais que merecem observação:

A seguir, trago registros reais de audiência online de emissoras comerciais com pelo menos 3 kW de potência, atuando sobre uma população superior a 100 mil habitantes. Ou seja, trata-se de rádios com presença consolidada em suas regiões, em contextos nos quais já é comum que o público saiba que pode ouvi-las tanto por site quanto por aplicativos como o RadiosNet. Em um cenário onde o rádio tradicional (via FM) predomina nos carros e o consumo de áudio por Internet é mais comum dentro de casa, a migração da audiência entre os dois ambientes pode ser facilmente percebida.

Se existe pouca audiência online? Sim. Isso significa algo? Sim, significa muito! É um ponto de atenção fundamental.



  • Rádio 1: 9 ouvintes estavam conectados ao streaming às 16h. O sistema suportava até 250 ouvintes simultâneos. O pico registrado foi de 30 ouvintes simultâneos.


  • Rádio 2: 11 ouvintes online às 15h51. Capacidade de 100 ouvintes. O pico foi de 98.


  • Rádio 3: 9 ouvintes online às 15h55. Capacidade de 250 ouvintes. Pico de 37 ouvintes simultâneos.

Nenhuma das três rádios ultrapassou 15 ouvintes simultâneos no recorte de horário analisado. Mesmo com o argumento recorrente de que "as pessoas ainda ouvem mais rádio no FM do que pela Internet", é impossível ignorar: são menos de 15 ouvintes pela Internet.


Em contraste:

  • Rádio 4: 1028 ouvintes estavam conectados às 9h45 da manhã. O sistema suportava até 1900 ouvintes simultâneos, número que foi atingido em determinado momento (pico máximo). Com o detalhe que esta emissora transmite para cerca de 1 milhão de habitantes

O contraste é evidente. Mesmo considerando a diferença populacional entre as regiões cobertas, o desnível é gritante. Vale mencionar que essa Rádio 4 transmite um programa matinal (entre 8h e 10h) que, segundo pesquisas convencionais, é líder de audiência e apresenta crescimento até o final da faixa.

Se qualquer uma das rádios 1, 2 ou 3 tivesse ultrapassado os 50 ouvintes simultâneos, já poderíamos considerá-la como detentora de uma base de audiência online minimamente compatível com sua presença regional.


Correlação de audiências

Nos anos de 2005 ou mesmo 2010, era aceitável enxergar a audiência online como simbólica, com pouca relação direta com a audiência no FM. Mas em 2025, isso já não é concebível. A correlação entre audiência online e offline é direta e até básica. Se um ouvinte escolhe determinada rádio para ouvir no carro, é natural que, ao chegar em casa ou no trabalho, continue ouvindo a mesma emissora via streaming. Se não o faz, há algo errado com o engajamento da rádio.

Com a facilidade de acesso à Internet, o ouvinte até pode explorar novas opções, inclusive emissoras de fora da região. Mas, dentro do conjunto das rádios locais, a preferência estabelecida no carro tende a se manter no ambiente doméstico ou profissional.

Para ilustrar:

  • Uma emissora com audiência online sólida em uma área de cobertura com cerca de 1 milhão de habitantes registra uma audiência online quase 100 vezes maior do que aquelas situadas em regiões com população 10 vezes menor. Ou seja, a proporção não é 10 vezes maior, como se esperaria em tese, mas sim 100 vezes maior, um dado que revela o impacto do engajamento, da marca e da relevância percebida.


Importante observar que, entre todas as emissoras analisadas, apenas a Rádio 4 atingiu o limite de capacidade de seu servidor de streaming (1.900 ouvintes simultâneos). E isso não aconteceu por acaso: trata-se da rádio que já era líder de audiência nas pesquisas convencionais e reconhecidamente uma das mais ouvidas da região.

Esse dado reforça que a audiência online é, sim, um reflexo confiável da audiência real, especialmente quando há estrutura técnica capaz de suportar a demanda. Se o público está engajado, ele se manifesta onde estiver disponível, no carro, em casa, ou no celular. A Rádio 4 mostra, com números, que a excelência no conteúdo e o posicionamento sólido convertem-se naturalmente em presença digital.


Usando os painéis Shoutcast significa que lido com dados diretos do servidor de streaming, ou seja:

  • Sem estimativas ou interpolação de dados (como em pesquisas ou rankings de apps);

  • Sem ruído estatístico ou mediação algorítmica;

  • E com controle preciso de horário, picos e duração da escuta.


Reforçando!

Observação metodológica importante: todos os dados aqui utilizados foram retirados diretamente dos painéis de controle Shoutcast das emissoras, ou seja, tratam-se de números reais, exatos e em tempo real sobre ouvintes conectados via streaming. Diferente de estimativas ou rankings como o RadiosNet Rank, os dados de Shoutcast refletem IPs únicos conectados, permitindo visualizar com precisão a demanda concreta por cada rádio em diferentes horários. Isso elimina margens de erro interpretativo e reforça a confiabilidade dos diagnósticos aqui apresentados.



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